Sindicatos querem salário justo para 2013 -Mar 08, 2013

08/03/2013 - Organização dos Trabalhadores Moçambicanos (OTM-CS) lançou na quinta-feira, dia 07 de Março de 2013, os primeiros sinais de determinação no sentido de levar a cabo uma discussão séria no âmbito das negociações para a definição do salário mínimo nacional a vigorar a partir de 1 de Abril.

Organização dos Trabalhadores Moçambicanos (OTM-CS) lançou na quinta-feira, dia 07 de Março de 2013, os primeiros sinais de determinação no sentido de levar a cabo uma discussão séria no âmbito das negociações para a definição do salário mínimo nacional a vigorar a partir de 1 de Abril. Os sindicatos falam da necessidade de união para a cobrança de um “salário justo”. A massa laboral que na manhã de ontem esteve presente na primeira sessão da Comissão Consultiva do Trabalho (CCT), entende estarem criadas condições mínimas que assegurem a concretização desse desiderato.
Francisco Mazoio, porta-voz da OTM- CS, entende que os actuais níveis de produção, tanto no Estado, assim como no sector privado, possibilitam uma remuneração que mesmo não indo aí além, pode resolver os mais básicos problemas do trabalhador.
Sabe-se que os trabalhadores adiantam um aumento salarial na ordem de 10%. “Nós esperamos que a nova tabela traga um salário digno e justo para o trabalhador. Julgamos haver razões para tal. Temos bons indicadores do crescimento económico, por isso os salários devem ser melhorados de acordo com a nossa produtividade” – exigiu Mazoio.
O representante dos trabalhadores fez notar ainda que o seu organismo já tem as propostas dos nove sectores de actividade, ou seja, as propostas sectoriais avançadas e dadas a conhecer a OTM para posterior encaminhamento e discussão na Comissão Consultiva do Trabalho.
A OTM-CS entende que o salário mínimo actualmente em vigor no país, é desajustado à realidade social dos trabalhadores moçambicanos. “Alguns sectores não chegaram a atingir aquilo que foi a inflação verificada no ano passado. O actual salário mínimo não chega a cobrir metade das despesas de uma família, o que é simplesmente triste para a ginástica que as famílias devem fazer no seu dia-a-dia” – anotou Mazoio.

Depois de um crescimento de 7,2 para 7.5 por cento, de 2011 para 2012, as previsões deste ano indicam um crescimento que deve alcançar os 7.9 por cento. Estes são números que, segundo Mazoio, devem ser reflectidos nas propostas que devem vincar na definição do novo salário mínimo nacional.

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