Cerca de 30 professores que leccionam nos cursos diurno e nocturno na Escola Secundária da Machava, em Maputo, paralisaram ontem as suas actividades em protesto contra o não pagamento das horas extras há mais de quatro meses.
Segundo o porta-voz dos professores grevistas, Belmiro Fernando, o pagamento das horas extras deveria ter sido efectuado no mês de Abril passado, mas, até ao momento, ninguém disse nada com exactidão do que possa estar a acontecer.
Por outro lado, estes professores acusam a direcção da escola de maus tratos e de descontos sucessivos nos seus salários.
“A consideração que é dada ao professor a nível da direcção é péssima. hoje, que decidimos fazer esta greve, fomos amedrontados e ameaçados de perder emprego. Durante o período de interrupção das aulas, tivemos que trabalhar, mas não nos pagaram e ainda descontaram-nos dos nossos salários”, disse Belmiro Fernando.
A falta de progressão na carreira é um dos factores que também motivaram os professores a fazer greve, sendo que, segundo eles, há professores que estão na educação há mais de 20 anos e nunca mudaram de carreira.
Enquanto isso, os alunos é que se viram prejudicados, tendo ficado todo o dia sem aulas e sem entender o que realmente estava a acontecer.
Membros da direcção provincial de educação em Maputo estiveram presentes no local, mas não aceitaram falar com a nossa equipa de reportagem, alegando não estarem presentes na escola para tratarem daquele assunto.
Enquanto isso, os professores grevistas dizem que a paralisação vai continuar até que o Governo pague o dinheiro que está a dever a mais de 30 professores.