Mineiros moçambicanos voltarão a trabalhar -Mar 02, 2013

02/03/2013 - Os moçambicanos que trabalham nas minas de ouro sul-africana Kusasaletho irão retornar as suas actividades ao longo da semana corrente, na sequência da sua reabertura ocorrida na quinta-feira da semana passada.

Os moçambicanos que trabalham nas minas de ouro sul-africana Kusasaletho poderão retornar as suas actividades ao longo da semana corrente, na sequência da sua reabertura ocorrida na quinta-feira da semana passada. Os mesmos haviam regressado à Moçambique ou se encontravam dispersos na África do Sul aguardado pelo desfecho do caso que levou ao seu encerramento em Dezembro último.
De acordo com dados do Ministério moçambicano do Trabalho (MITRAB), até ao encerramento temporário da mina, apenas quatro dos 219 moçambicanos continuavam a trabalhar, enquanto os outros 215 já se encontravam em Moçambique ou algures na Africa do Sul, a aguardar pelo desfecho do assunto. Porém, os salários mensais estavam garantidos.
A mina localizada em Carletonville, Província de Gauteng, havia sido encerrada devido a uma agitação laboral protagonizada por dois grupos sindicais rivais, que reivindicam a legitimidade de filiação sindical dos trabalhadores da companhia.
A reabertura da mina foi possível após uma série de negociações entre os sindicatos e a entidade patronal, mediante a assinatura de um Memorando de Entendimento por parte dos envolvidos, sob a mediação do Tribunal de Trabalho de Joanesburgo, para onde a Comissão Nacional de Mediação e Arbitragem Laboral encaminhara o problema.
Os dois grupos sindicais rivais assumiram o compromisso de não voltar a criar distúrbios laborais, o que evitará despedimentos e assim garantir a manutenção dos direitos adquiridos.
A Delegação do MITRAB na África do Sul está a trabalhar com as empresas e agências de recrutamento, nomeadamente a TEBA (The Employment Bureau of Africa), no sentido de localizar os mineiros que já estavam fora da companhia, a aguardar pelo desfecho do litígio.
“Uns preferiram aguardar dentro da África do Sul, enquanto outros vieram para Moçambique, sobretudo para as Províncias de Maputo, Inhambane, Gaza, Sofala, Zambézia e Cabo Delgado. Diariamente, a gerência da mina estipulou como meta de readmissão o número de 80 trabalhadores, até à conclusão do processo”, refere o MITRAB em comunicado.
A mina Kusasalethu pertence ao Grupo Harmony Gold Mine, que no conjunto das suas minas emprega um total de 1.854 moçambicanos.

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